tag:blogger.com,1999:blog-7542683884540493511.post3486802249590657645..comments2023-04-09T03:21:07.057-05:00Comments on Padilha: RESPOSTA AO SR BETO BORGES DA FOREST TRENDSlindomarpadilha.blogspothttp://www.blogger.com/profile/13764086230572949543noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-7542683884540493511.post-41780993246316266662012-11-24T01:52:11.249-04:002012-11-24T01:52:11.249-04:00RESPOSTA para
Elder Andrade de Paula – Professor A...RESPOSTA para<br />Elder Andrade de Paula – Professor Associado da Universidade Federal do Acre<br />Lindomar Padilha – Coordenador CIMI- Amazônia Ocidental<br />Michael F. Schmidlehner – Coordenador Amazonlink<br /><br />Senhores,<br /><br />Em primeiro lugar, não estou mentindo e não tenho o hábito de mentir. Quem me conhece e acompanha meu histórico de trabalho sabe disso. Portanto, estou em paz com minha consciência.<br /><br />Volto a afirmar que REDD ainda não esta consolidado no Acre porque o mecanismo esta sendo discutido no âmbito do SISA. Até onde estou informado, não existem projetos REDD em comunidades indígenas no estado e nenhuma comunidade indígena, ou outra comunidade tradicional, assinaram contratos REDD de 30 anos, ao contrario do que foi sugerido recentemente no REDD-Monitor.<br /><br />Pessoalmente não vejo o REDD clássico aplicável nas terras indígenas no Acre, devido à algumas tecnicalidades do REDD, como por exemplo a questão da adicionalidade... O que é possível, com as devidas salvaguardas socio-ambientais, é um sistema de compensação aos povos indígenas por manterem as florestas em pé, e seus respectivos serviços ambientais, assegurando em primeiro lugar o direito das mesmas aos seus territórios e costumes tradicionais.<br /><br />Quero crer que apesar de nossos caminhos serem aparentemente distintos, na realidade estamos "lutando" pelos mesmos ideais: apoio às comunidades locais, justiça ambiental, e conservação. Assim, creio que todos temos direito de opinar quanto aos riscos e oportunidades inerentes aos mecanismos REDD. Desta forma, tanto vozes dissonantes, neutras ou favoráveis, merecem ser ouvidas e respeitadas, principalmente as vozes de lideranças indígenas locais como Ninawá Huni Kui, Tashka Yawanawa, e outras vozes indígenas que endossaram a Declaração do Movimento Indígena do Acre a respeito do tema, escrita em 17 de fevereiro de 2012. Outro canal importante de monitoramento do tema REDD no Brasil é o Observatorio REDD mantido pelo Grupo de Trabalho Amazônico, organização que representa mais de 600 associações comunitarias locais na Amazônia Brasileira. <br /><br />Não estou desmerecendo o depoimento de ninguém, apenas discordando que o "REDD paralizou o processo de demarcação de terras indígenas no Acre ha 12 anos..." Afinal, mesmo se o SISA e o REDD fossem a mesma coisa (o que não são), o SISA só foi aprovado como lei em outubro de 2010.<br /><br />Senhores Michael, Lindomar e Elder, é uma pena que voces escolheram não participar nas oficinas sobre o SISA e incentivos de compensação para a conservação de serviços ambientais em terras indígenas que o Forest Trends e Comissão Pro-Indio do Acre organizaram juntamente com o Instituto de Mudanças Climáticas. Se vocês tivessem participado, poderiam ter expressado suas preocupações diretamente, ampliando a qualidade e espaço de reflexão. Estas oficinas contaram com a participação da COIAB, do GTA, da FUNAI (estadual e federal), e de várias associações indígenas do Acre, listadas na Declaração. Eu mesmo convidei pessoalmente o Michael Schmidlehner para participar da oficina depois de minha palestra na UFAC e o convite continua aberto.<br /><br />Ficamos, no entanto, com uma impressão desagradável e questionável, quando vocês Michael, Lindomar, e Prof. Elder, escrevem uma resposta extremamente agressiva e desrespeitosa ao meu comentário no REDD-Monitor, onde simplesmente estou dizendo que o REDD não parou a demarcação de terras indígenas no Acre e que mais vozes devem ser ouvidas. Dizer que estou mentindo considero um desrespeito pessoal. Suas insinuações que eu e Forest Trends estamos ligados aos setores do agronegócio da pecuária extensiva no estado são absurdas e levianas. <br /><br />É lamentável que vocês se expressem desta maneira agressiva e desrespeitosa para comunicar preocupações legítimas. O respeito é o primeiro passo para o diálogo construtivo no caminho das transformações que almejamos.<br /><br />Sinceramente,<br />Beto Borges<br />Diretor, Programa Comunidades – Forest Trends<br />Anonymousnoreply@blogger.com