quinta-feira, 19 de março de 2015

Em tempos difíceis como o atual, temos que fazer memória: O RELÓGIO A BOMBA e os outros 500

Faço memória daqueles dias terríveis, mas profundamente formativos, para que nos tempos atuais, de marcha contra os povos indígenas, tenhamos a força necessária para seguir em frente e combater o bom combate enfrentando as caravelas ruralistas, neopetencostais, economia verde, financeirização da natureza e da vida, novos projetos de saques aos territórios como Pagamentos por Serviços Ambientais e REDD, mudanças na legislação, assassinatos e genocídios.

Tive o prazer de participar dos eventos que culminaram na conferência e Marcha Indígena dos Outros 500, acompanhando uma delegação de indígenas do Acre. Fui agredido e detido pelas forças  de repressão. Mas nada machucou mais meu coração que ver os povos indígenas humilhados, maltratados e afrontados em sua dignidade. Hoje, como àquela época, vivemos tempos de deboche por parte dos governantes. Também hoje vivemos sob a manipulação da grande mídia com seus novos 'relógios' a marcar os dias que faltam para o fim dos povos indígenas.

O momento exige de todos nós serenidade revolta e paz irrequieta. Sigamos firmes enfrentando esta fria noite na certeza de que o raiar do dia não tarda. Faremos ao amanhecer uma grande festa, a festa da vitória, a revolução da alegria e da liberdade. 

Viva a autodeterminação dos povos indígenas!


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