Ontem, mais duas crianças indígenas morreram vítimas de diarreia aguda e vômito. Ambas das comunidades indígenas do Alto Rio Purus, município de Santa Rosa. Uma criança de um ano da Aldeia Nova Mudança e outra de três meses, da Aldeia Porto Alegre, ambas do povo Hunikui.
O número de mortes agora passa de 22 e, enquanto isso, a Sesai se preocupa em mostrar serviço e negar que o número de mortes continua crescendo. Alem dessas duas mortes outras quatro crianças estão em estado grave:
N.C.K de um ano, na Aldeia Moema, povo Hunikui
C.L.K de oito meses, aldeia Porto Rico, povo Hunikui
F.J de ste meses, Aldeia Estirão, povo Jaminawa
E uma quarta, de apenas oito meses, cujo estado é considerado gravíssimo, da Aldeia Nova Aliança.
O que mais intriga é que essas crianças estão morrendo mesmo com a "ação emergencial" apresentada pelas Sesai (Secretaria Nacional) e Secretaria Estadual de saúde, cujo cronograma previa ações, como a distribuição de 145 filtros de água, até o último dia três. Ou seja, em plena atividade dos profissionais de saúde as crianças continuam morrendo, ainda mais agora que terminou o prazo previsto para as tais ações emergenciais.
Seja como for, não podemos ficar calados e assistindo os enterros de nossas crianças. O momento exige que continuemos cobrando e, eu, rogo aos setores de imprensa que nos ajude a denunciar este estado gravíssimo da saúde indígena no Acre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário