Renata Brasileiro
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Empresários de diversos setores estiveram reunidos ontem na sede da Federação das Indústrias |
Um dos projetos mais importantes contidos dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é o de construção de duas usinas hidrelétricas no Rio Madeira, o principal afluente do Rio Amazonas, situado em Rondônia.
A proposta, que chama a atenção de todo o Brasil, com a geração de quase 3,5 mil megawatts de energia, é objeto de estudo dos empresários acreanos para a movimentação da economia local, já que o investimento previsto no empreendimento é de algo em torno de R$ 20 bilhões.
Para discutir as possibilidades de o Acre ser inserido na execução do projeto, empresários acreanos de diversos setores estiveram reunidos na tarde de ontem, juntamente com o presidente do Fórum do Desenvolvimento, Jorge Viana.
A reunião aconteceu na Federação das Indústrias e abordou aspectos gerais, bem como o Acre poderá oferecer seus serviços para a construção da obra, qual a estrutura que há para a dedicação desse serviço e de que forma o Estado poderá ser inserido no projeto.
“É necessário nesse momento que nós, empresários acreanos, mostremos o nosso total apoio para a construção das duas hidrelétricas, bem como o nosso interesse em participar deste momento tão importante. Uma obra como essa será talvez a maior em termos de investimento já feito na região e não podemos ficar de fora deste projeto”, destacou o presidente da federação, Francisco Salomão.
Segundo o presidente do Fórum do Desenvolvimento, Jorge Viana, há um mundo de oportunidades oferecido pelo projeto de construção das hidrelétricas que ainda precisam ser descobertos, com vistas a beneficiar o Acre.
Para tratar mais especificamente do assunto e torna-lo mais claro à sociedade acreana é que uma reunião está marcada para acontecer no próximo dia 11, no Teatro Plácido de Castro, na qual todos os interessados poderão tirar todas as suas dúvidas e fazer questionamentos sobre o investimento a ser feito pelo Governo Federal.
Representantes do Ministério de Minas e Energias, de Furnas e da Odebrecht, que são os responsáveis pela execução do projeto serão os principais convidados do evento. Os representantes falarão entre outros assuntos sobre a avaliação de impacto ambiental do projeto de instalação das duas usinas, o que vem sendo objeto de disputa dentro do governo federal.
Agilidade no processo
Outra participação que o Estado deverá ter dentro do projeto é na parte pública, pressionando políticos para que as obras venham a acontecer o mais rápido possível. Por enquanto, ainda não há previsões para este início e os próprios empresários acreanos acreditam que um apoio poderá agilizar o processo.
“O setor produtivo inteiro está mobilizado para chamar a atenção dos políticos e fazer com que essas obras saiam logo. Quanto mais cedo começarmos a trabalhar, mais cedo movimentaremos a economia do Estado”, destacou Salomão.
Por enquanto, um dos empecilhos para que o projeto saia logo do papel é o estudo de impacto ambiental. É o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que está responsável pela avaliação.
E agora, senhores, vão ou não vão assumir suas responsabilidades?
Que Estado é este que se ficar sem estrada por apenas 10 dias fica sem alimentos básicos? |
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