Daniele Silveira
O assassinato do menino boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, expôs mais uma vez a situação de segregação social e violações de direitos enfrentadas pelos imigrantes sul-americanos no Brasil. Para discutir medidas de proteção aos estrangeiros que residem no país, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, convocou uma reunião extraordinária para esta terça-feira (2).
O encontro vai reunir integrantes da Comissão para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH). Além de analisar medidas que garantam os direitos dos estrangeiros, o grupo também debaterá o acordo de direito à residência em vigor no Mercosul.
Em entrevista à Agência Brasil, a ministra Maria do Rosário afirmou a necessidade de fornecer aos imigrantes “uma vida melhor com proteção máxima, inclusive direitos trabalhistas e cidadania plena”.
Brayan foi morto no dia 28 de junho durante um assalto na região de São Mateus, na zona leste da capital paulista. Os assaltantes entraram na casa de um grupo de bolivianos e pressionaram para que entregassem dinheiro. A mãe do garoto relatou que o menino foi morto em seu colo porque chorava.
Os pais de Brayan chegaram ao Brasil há poucos meses para trabalhar na indústria têxtil.
Lamentável a situação em que se encontra nossos irmãos, que em pleno século XXI sofrem com a precarização do trabalho, subempregos, sobrevivendo em condições sub-humanas nessas terras de muitas aves de rapina.
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