Fabiano Ávila - Instituto CarbonoBrasil
Nesta terça-feira (2), o Parlamento Europeu votará a medida de reter (backloading) até 900 milhões de créditos de carbono, uma proposta que tem como objetivo elevar o preço do carbono no Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS) que vem sofrendo com o excesso de oferta. Esses créditos voltariam ao mercado após 2020.
Porém, 44 organizações enviaram uma carta aos parlamentares pedindo que desistam de votar a medida e que desmantelem o EU ETS. Elas consideram que é necessário um “preço direto” no carbono, como uma taxa sobre as emissões, e afirmam que o mercado sempre permitirá que as indústrias continuem a poluir.
Os signatários do documento listam uma série de ações climáticas que deveriam ser prioritárias e que não estão sendo discutidas porque o Parlamente estaria perdendo tempo debatendo o mercado de carbono. Algumas dessas ações são: o fim dos projetos de gás de xisto e dos subsídios dos combustíveis fósseis, e a criação de novas políticas de importação, para evitar a compra de produtos que venham de regiões que usem fontes insustentáveis de energia.
Entre as entidades brasileiras que assinam o documento estão a Aliança RECOs, o Centro de Referência do Movimento da Cidadania pelas Águas Florestas e Montanhas Iguaçu Iterei e o Terrae.
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