Foto ilustrativa pertencente ao blog não a matéria da Tribuna do Juruá |
Depois de pagar apenas a primeira parcela do bônus de certificação das unidades produtivas sustentáveis, o governo do Estado deu um calote nos agricultores do Ramal dos Cruz, Vila São Pedro. “Eles me deram somente R$ 250 e nunca tivemos a assistência técnica prometida”, revelou o produtor rural, Pedro Façanha da Cruz, afirmando que depois do lançamento do programa ficou mais difícil morar na zona rural.
Criado em 2008, o programa de certificação fazia parte da política de valorização do ativo ambiental florestal, que consistia num acordo feito entre os produtores rurais e o governo estadual para que, de forma sustentável, os agricultores trabalhassem com ênfase na recuperação de áreas degradadas e sem a utilização do fogo. Em contrapartida, o governo teria que paga um bônus, de acordo com a etapa em que o produtor estivesse inserido no programa.
As ações eram gerenciadas pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). O bônus de certificação seria um recurso financeiro pago aos produtores que respeitasse e concluíssem os critérios do termo de adesão. Os trabalhadores teriam a inserção prioritária nos programas através de fomento com mudas de frutíferas, essências florestais e sementes (feijão, milho, hortaliças e leguminosa) e acesso a crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
“Tudo isso ficou apenas na promessa”, declarou um diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Cruzeiro do Sul, que pediu para não ter seu nome revelado. “A revolta dos agricultores não é por causa do calote bônus, mas pelo desprezo que eles dão ao homem do campo”, complementou, alfinetando o vice-governador e o representante da Seaprof na região, Franco Severiano. “Podem ir às propriedades desses dois. Ali vocês irão vê o que é incentivo governamental e prosperidade no campo.
Por telefone, a reportagem do Tribuna do Juruá tentou fazer contatos com o senhor Franco Severiano, mas não atendeu às ligações. Também tentamos falar com presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, João “Todo Feio”, que estava com o telefone na caixa de mensagem.
Tribuna do Juruá
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