terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Uma em quatro crianças nascidas em reserva nos EUA tem síndrome de alcoolismo fetal

         Uma tribo indígena norte-americana processou fabricantes de cerveja, acusando-as de contribuir intencionalmente com as grandes taxas de alcoolismo em uma das maiores reservas indígenas do país, em Dakota do Sul.

O grupo também pede US$ 500 milhões (R$ 855 milhões) de indenização por prejuízos que as cervejarias causaram.

O processo da tribo oglala sioux alega que as cervejarias estão "engajadas em participar da importação ilegal de álcool" para a reserva Pine Ridge, onde a venda, a posse e o consumo de álcool não são permitidos por lei.


Entre as empresas acusadas estão Anheuser-Busch InBev Worldwide Inc, SAB Miller, Molson Coors Brewing Company e Pabst Brewing Company, além de quatro lojas na cidade de Whiteclay, no Estado de Nebraska, e os distribuidores que vendem as cervejas para eles.


O processo foi protocolado na corte federal da cidade de Lincoln e afirma que as empresas transformaram Whiteclay em um ponto de contrabando de álcool para a reserva indígena -o volume de cerveja comercializado na cidade ultrapassa a quantidade que poderia ser vendida, segundo as leis do Nebraska.


De acordo com o processo, Whiteclay tem apenas 12 residentes, mas quatro lojas vendem mais de 13 mil latas de cerveja por dia.


O processo afirma que o alcoolismo é um problema em Pine Ridge, uma reserva de 8.000 km2 no sudeste de Dakota do Sul onde vivem cerca de 40 mil pessoas, a maioria delas membros da tribo oglala sioux.


Quase 85% dos índios da tribo foram afetados pelo alcoolismo e uma em quatro crianças nascidas em Pine Ridge recebeu o diagnóstico de síndrome de alcoolismo fetal, que pode causar malformações.

A reserva é uma das mais pobres do país. Isso ajuda a explicar o elevado consumo de álcool na região.


Folha de S. Paulo

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