“A principal intenção destas apresentações é de desmistificar REDD e Serviços Ambientais, divulgando informações criticas acerca destas políticas em linguagem acessível, e incentivando pessoas para que encararem este assunto e participarem dos diálogos da sociedade civil sobre o mesmo.
Sobre Michael F. Schmidlehner: Filósofo pela Universidade de Viena, austríaco nato e brasileiro naturalizado, Michael vive no Acre desde 1995, onde vem trabalhando como professor de filosofia e atuando como pesquisador e ativista nos contextos de justiça climática e ambiental “
Quatro vídeo-apresentações disponíveis online
Por Amyra El Khalili (Aliança RECOs)
Que significa REDD? Que significa pagamentos por Serviços Ambientais? Em que consistem estes mecanismos, que ganham cada vez mais importância nas políticas climáticas e ambientais e afetam cada vez comunidades dentro e fora das florestas? De fato, a sociedade ainda possui muito pouco conhecimento sobre este assunto, geralmente considerando-o de difícil compreensão e deixando-o nas mãos de especialistas. Existe, todavia um crescente numero de pessoas que questionam tais políticas e se organizam em protestos contra sua implementação. Neste contexto se inserem as quatro vídeo-apresentações disponibilizados na web por Michael F. Schmidlehner .
O primeiro vídeo traz uma explicação do mecanismo REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) e de Serviços Ambientais a partir da problemática do clima. Quais as principais causas da mudança climática? Como a comunidade internacional vem lidando com isso? A intenção inicial da ONU-Convenção do Clima, de efetivamente reduzir a emissão de gases de efeito estufa, foi gradativamente substituída por uma lógica de compensação de emissões, viabilizando assim os mercados de carbono. Olhando mais de perto para os projetos REDD , enxergamos que se trata de soluções falsas, promovidas pelos interesses particulares de industrias poluidoras, ONGs intermediadoras e de especuladores.
No segundo vídeo, impactos dos projetos REDD e PSA (Pagamentos por Serviços Ambientais) são observados. Projetos REDD privados no Acre assim como uma política de “economia verde” promovida pelo governo deste estado são freqüentemente citados como experiências pioneiras e bem-sucedidas. No entanto, os exemplos do Acre revelam justamente o contrário: Acirramento de conflitos, violações de direitos ameaça à soberania alimentar das comunidades dependentes da floresta e a tendência de desempoderar e criminalizar estas comunidades.
A terceira parte analisa o resultado da última conferencia do clima, o Acordo de Paris. Este acordo - aplaudido e elogiado por governantes e pela grande mídia - de fato representa mais um grande retrocesso. As metas de redução do aumento da temperatura não foram ancoradas em medidas correspondentes. Os países industrializados – e principais responsáveis pelas emissões - não assumiram sua responsabilidade de ajudar os países pobres para lidar com a crise climática. Ao contrário, a transformação das florestas nos países do sul em “sumidouros de carbono” e a implementação das tecnologias da Geoengenharia, após o Acordo de Paris, se apresentam como oportunidades de negocio para aqueles que causam a crise climática.
Após ter exposto nos três primeiras vídeos as ameaças que as políticas de REDD e Serviços Ambientais representam, a quarta parte da apresentação busca identificar reações e propostas alternativas que surgem a partir da sociedade civil em reposta à crise. Um movimento vem se criando, opondo-se contra as falsas soluções que empresas, governos e a ONU querem impor. Mais e mais pessoas reconhecem a necessidade de uma mudança paradigmática da nossa convivência na terra, propondo visões alternativas.
A principal intenção destas apresentações é de desmistificar REDD e Serviços Ambientais, divulgando informações criticas acerca destas políticas em linguagem acessível, e incentivando pessoas para que encararem este assunto e participarem dos diálogos da sociedade civil sobre o mesmo.
Sobre Michael F. Schmidlehner: Filósofo pela Universidade de Viena, austríaco nato e brasileiro naturalizado, Michael vive no Acre desde 1995, onde vem trabalhando como professor de filosofia e atuando como pesquisador e ativista nos contextos de justiça climática e ambiental.
Assista as vídeo-apresentações aqui:
ou aqui:
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