terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Fraude ambiental no Acre


O Eng. Florestal foi pra Brasília, e o Médico assumiu o Estado

A ação global pelo meio ambiente intitulada “Um dia para ir além dos combustíveis fosséis”, será realizada em diversos países
Em plena era da sustentabilidade e dos comportamentos ecologicamente corretos, vivemos um Acre de faz de conta. “Manda o recurso que eu faço de conta que cuido do meio ambiente”, um Acre que para receber mais de R$ 700 milhões de reais (BID II) precisou criar mais uma floresta pública (FLORA), em fase de criação, que será localizada no município de Manoel Urbano.

Não que sejamos contra a conservação da nossa biodiversidade, não é isso. O problema se continuarmos com a atual postura acontecerá a invasão de todas as Unidades de Conservação do Estado em um curto espaço de tempo, talvez demore a acontecer com as mais longínquas, que é o caso do Parque Estadual do Chandlles, que de Parque não tem nada, pois o SNUC estabelece que as Unidades de Proteção Integral não seriam habitadas, não é a realidade.

Um “bom” exemplo é a nossa Floresta Estadual do Antimary (FEA), que mas parece um projeto assentamento (PA), quem disse que era inteligente criar um PA ao lado de uma floresta pública? Quantos hectares da FEA foram mesmo entregues para a reforma agrária por falta de pulso do governo? E você acha que ainda vai sobrar algum ha, quando acabar a Exploração Florestal, a exploração através do manejo florestal é legal, o que é ilegal é falta de importância dada a fase pós-exploração, sem levar em consideração as cartas marcadas nessas “licitações”, estranho somente uma empresa ganha essas “falsilitações”, e que coincidência é a mesma que “doa” algumas cifras para todas as campanhas da estrela vermelha no Acre.

O que houve senador? E o Acre que cuidava das florestas? Cadê a fiscalização do IMAC? Aonde foi parar o Pelotão Florestal da PMAC? IBAMA cadê você? O Eng. Florestal foi pra Brasília, e o Médico assumiu o estado (E EU VOTEI NELES), será que é essa a explicação? No inicio do ano o setor de fiscalização do IMAC foi extinto, tudo bem que não era essas coisas de fiscalização, mas já era algo. Ai disseram que cada setor cuidaria de fiscalizar sua área, isso funciona? Acho que sim não vejo mas fazendeiros e nem colonos no IMAC dando explicações ou entrando com recurso de multas.

O Pelotão Florestal foi enaltecido para a categoria de Companhia Ambiental, agora independente do BOPE, nossa que maravilha agora vai... que nada o efetivo quase não aumentou, o quartel que esta sendo construído no complexo do CIEPS, com verba do BID (R$ 1,5 mi), com entrega prevista pra junho de 2009 ate hoje não terminou (acorda SEOP), funciona  precariamente no antigo prédio do PROERD, e o nosso secretario de Ciências de Tecnologias, após certa reunião “pediu” que os verdinhos “se acalmassem por um tempo”, estavam atrapalhando o desenvolvimento do estado, por ele essa Cia nem existia.

No IBAMA quem dita as regras é o chefe do poder executivo é ele quem coloca e tira o superintendente local, daí já sabemos o resultado, trabalho mesmo só quando a demanda vem de Brasília.

Aproveitem visitem as reservas florestais, conheçam as árvores de grande porte, contemplem os rios navegáveis da nossa região, caminhe pelo menos meia hora de mata adentro. Sabe por quê? Talvez nossos netos não tenham a mesma oportunidade que nós e as fotos falarão por si.

O rio Acre, responsável pelo abastecimento de toda a cidade de Rio Branco está morrendo, vamos deixar o estado todo do mesmo jeito?

Trabalho no estado e por razões óbvias não posso me identificar, não agüento mais tanta hipocrisia, tanto faz de conta, Ministério Público por favor, cobre mais do poder executivo, olhe mais pela área ambiental. É difícil cuidar dela mais difícil será viver sem os benefícios dela.

Dada a relevância do tema aqui apresentado, devo informar aos meus leitores que o texto foi também publicado no Contilnet e no blog do Carlos Portela - com repercursão no blog do Carioca.

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