Foto Sandra Lima - CIMI AO |
“Com lei, sem a lei, apesar da
lei e contra a lei, os povos indígenas sempre estarão na luta”.
(Povos Indígenas
do Norte).
Nós
juventude indígena Macuxi, Puruborá, Tembé, Karajá, Kayapó, Jaminawá, Mayoruna,
Mura, Dessana, Galibi Marworno, Deni, Kaxinawa, Arapiun, Munduruku, Wapichana, Arara
e Maraguá, dos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Amapá, nos
reunimos entre os dias 11 a 14 de agosto de 2016, no Centro de Formação Xare,
Manaus – AM, no Encontro da Juventude Indígena com a presença dos parceiros do
Conselho Indigenista Missionário – CIMI, da Coordenação das Organizações
Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB e da União das Mulheres Indígenas da
Amazônia Brasileira - UMIAB, com objetivo de compartilhar experiências,
vivencias nas nossas aldeias e socializar nossas lutas.
Nós
juventude indígenas trouxemos nossas realidades e desafios vivenciados em nossos
territórios que não são poucos, que às vezes nos desanimam, mas que pelo contrario
nos fortalece para defender os nossos Direitos originários garantidos pela Constituição Federal de 1988.
A
Amazônia, atualmente é palco de grandes projetos de morte como: REDD,
Mineração, Hidroelétricas, Agronegócio, Madeireiros, Petroleiros, Grileiros,
projetos estes que afetam diretamente o modo de vida de nossos povos, violando
nossos direitos, através das criações das PEC 215/00, PEC 409/01, PEC 2540/06,
PL 1610/96, PL 4059/12, PL 490/07, PL 2057/91, PL 4750/12 e o Marco Temporal
que vem nos atacando nesses últimos tempos.
Nós
jovens indígenas de diferentes povos da Amazônia Brasileira, fortalecidos pela
nossa união, por meio do intercambio de saberes tradicionais entre os diferentes povos, principalmente com
os mais velhos, estamos aqui reafirmando nosso compromisso e responsabilidade
de dar continuidade as nossas lutas no que se refere a questão Territorial, Educação
e Saúde, já iniciadas por nossos antepassados.
Atualmente estamos
sofrendo violências e violações de nossos direitos constitucionais. Buscamos justiça pela vida, fortalecendo
nossos costumes, crenças e tradições protegendo nossas terras e territórios.
Não queremos a criminalização das nossas Lideranças, a exploração de nossas
terras, rios, florestas e lagos, denunciamos o massacre dos nossos povos, e a
postura colonialista do governo e do Estado.
Assim gritamos juntos;
“estamos aqui, estamos vivos, nós
somos, vivemos nossas culturas, somos povos , nossa existência está aqui ainda, temos nossa força, não são vocês que vão nos derrubar, viemos
para somar, pois juntos somos mais.” (Romário Puruborá).
Foto Sandra Lima - Cimi/AO |
Foto Sandra Lima Cimi/AO |
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