sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Movimentos sociais dizem não às hidrelétricas, petróleo e economia verde


Reunidos de 23 a 25 de agosto deste ano de 2016, cerda de 120 pessoas, representantes de diversos movimentos, organizações da sociedade civil, pastorais, líderes de comunidades tradicionais e povos indígenas e lideres religiosos, se reuniram para realizarem análise da conjuntura e estudos sobre os grandes projetos desenvolvimentistas e seus impactos negativos na vida dessas comunidades e povos e ao ambiente.

Ao final, um documento foi encaminhado às autoridades Peruana, Bolivianas e Brasileiras, bem como com a toda sociedade. Leia a íntegra do documento:

“Das margens do rio Mamoré nossas vozes ecoam em defesa da mãe Terra e das filhas e filhos da Terra!”

Vindas e vindos do Amazonas, do Acre, da Bolívia, de Brasília, do Peru, do Mato Grosso e de Rondônia; das comunidades indígenas, das comunidades extrativistas (seringueiros, castanheiros e açaizeiros), das comunidades ribeirinhas, da agricultura familiar, das cidades, das comunidades de matriz africana, das comunidades campesinas, das veias dos rios: Madeira, Mamoré, Guaporé, Acre, Juruá, Purus, Madre de Dios, Abunã, Cabixi, Beni, Jamari, Machado, Juruena, Marmelo, São Miguel, Moa, Yata, Branco e Pimenta, todos violentados por projetos de infraestruturas (hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, termoelétricas, rodovias, hidrovias, mineração, pecuária, exploração madeireira, petrolífera, expansão da monocultura da soja, eucalipto, cana de açúcar, projetos de REDD, invasões de áreas protegidas, que culminam com ameaças e mortes de lideranças). Nos encontramos no II Encontro Sem Fronteiras - Bolivia, Brasil e Peru, na cidade de Guajará Mirim/RO, com o objetivo de trocar experiências de vida, fortalecer a luta e refletir os impactos desses grandes empreendimentos e as mudanças climáticas decorrentes da ação do sistema capitalista, por meio de empresas e governos, que não levam em conta a vida da Mãe Terra e de suas Filhas e Filhos.

Motivadas e motivados pela espiritualidade dos povos da floresta, das águas, do campo e das cidades, em uma só voz denunciamos as várias faces desse desenvolvimento perverso, que produz o Ecocídio, o Etnocídio e o Genocídio da mãe terra e alimenta o capitalismo selvagem, mercantilizando os rios, as florestas, o ar e a terra mãe, expulsando as filhas e os filhos da terra em favor dos projetos, que produzem morte cultural, econômica, social e organizacional dos povos indígenas, comunidades tradicionais, campesinos, comunidades de matriz africana e comunidades urbanas.
Reafirmamos nosso compromisso em Defesa da Vida, porque “nós somos guerreiras e guerreiros e não vamos deixar que matem a mãe Terra” e nos unimos em Aliança para impulsionar os processos de informação, de conscientização, de mobilização e de fortalecimento das práticas milenares, que defendem o Bem Viver como alternativa e solução para enfrentar as mudanças climáticas decorrentes deste modelo econômico excludente.
 A Panamazônia precisa Viver para que a Mãe Terra, a Pacha Mama possa garantir a vida sadia das atuais e futuras gerações.
Guajará Mirim, 25 de Agosto de 2016.


"Desde las orillas del rio Mamoré nuestras voces hacen eco en defensa de la Madre Tierra y las hijas y hijos de la tierra!"

Viniendo del Amazonas, Acre, Bolivia, Brasilia, Perú, Mato Grosso y Rondônia; de las comunidades indígenas, de las comunidades extractivas (recolectores de caucho, de la castaña y açaizeiros) de las comunidades ribereñas, de la comunidades campesinas, de las ciudades, de las comunidades de origen africana y de los ríos: Madeira, Mamoré, Guaporé, Acre, Juruá, Purus, Madre de Dios, Abunã, Cabixi, Beni, Jamari, Machado, Juruena, Marmelo, São Miguel, Moa, Yata, Branco y Pimenta, todos violados por proyectos de infraestructura (represas, pequeñas centrales hidroeléctricas, termoeléctricas, carreteras, hidrovias, minería, ganadería, tala ilegal de los bosques, exploración de petróleo, expansión del monocultivo de la soya, eucalipto, caña de azúcar, proyectos de REDD, invasiones de las áreas protegidas, que culminan en amenazas y asesinato de líderes). Nos encontramos en el segun Encuentro Sin Fronteras - Bolivia, Brasil y Perú, en la ciudad de Guajará Mirim/RO, con el fin de intercambiar experiencias de vida, fortalecer la lucha y reflexionar el impacto de estas gran construcciones y el cambio climático decorrentes de la acción del sistema capitalista, a través de las empresas y los gobiernos que no toman en cuenta la vida de la Madre Tierra y de sus Hijas e Hijos.

Motivadas y motivados por la espiritualidad de los pueblos de la selva, del agua, del campo y de la ciudad, en una sola voz denunciamos las muchas caras de este desarrollo perverso, que produce ecocidio, etnocidio y el genocidio de la madre tierra y alimenta el capitalismo salvaje, mercantilizan la tierra, los ríos, los bosques, el aire y la tierra madre, y expulsan las hijas e los hijos de la tierra en favor de los proyectos que producen la muerte cultural, económica, social y organizativa de los pueblos indígenas, de las comunidades tradicionales, de los campesinos, de las comunidades de origen africana y de las comunidades urbanas.

Reafirmamos nuestro compromiso en la defensa de la vida, porque "somos guerreras y guerreros y no vamos a dejar que maten a la madre tierra" y nos sumamos en Alianza para impulsar los procesos de información, sensibilización, movilización y fortalecimiento de las prácticas antiguas, que defienden el Bien Vivir/Sumak Kawsay como una solución y alternativa, frente al cambio climático en decorrencia de este modelo económico excluyente.

La Pan-Amazonia debe vivir de tal manera que la Madre Tierra, la Pacha Mama pueda asegurar una vida saludable para las generaciones presentes y futuras.

Guajará Mirim 25 de agosto de 2016.

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