quinta-feira, 22 de setembro de 2011

EMEF Messias Rodrigues de Souza, Sena Madureira, modelo em acolhimento

Vista frontal da escola e Rose, que desenvolve um trabalho com os alunos indígenas
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Messias Rodrigues de Souza, no Município de Sena Madureira, AC, foi a escola escolhida por Rose para desenvolver um trabalho voltado para as práticas linguísticas na relação entre alunos não indígenas e os alunos indígenas, principalmente os Jaminawa, que são maioria.

Inaugurada em 23 de setembro de 2004, a escola acolhe cerca de 860 alunos em dois turnos, manhã e tarde. Localizada no Bairro Pista, um importante bairro de Sena Madureira, a escola prima pelo acolhimento e noções de cidadania aos alunos e comunidade. Aliás, a escola pode ser até questionada na relação ensino aprendizagem, mas e modelo em acolhimento. Foi por causa deste acolhimento que decidí escrever sobre a escola, mais que sobre o trabalho da antropóloga Rose. E foi por isso que conversei hoje, pela manhã, com o Professor Sâmyk Farias. Veja trechos da entrevista:
Professor Sâmyk, de preto, sinal de compromisso


O que o senhor e a escola considera mais importante?

Sâmyk: A boa relação entre os professores e funcionários, entre as pessoas, para efetivação do trabalho. Coisas do tipo, vir sem pensar só no salário, mas para ajudar e até recuperar alunos. A escola fica em um bairro violento e temos a missão de resgatar as pessoas e repassar valores e dignidade.
O que a escola (senhor) sonha e espera para o futuro?

Sâmyk: A tarefa vai ficando cada vez mais difícil, mais árdua. Muitos jovens (alunos) estão perdendo o carinho para com os professores e os pais não ajudam muito. Além da falta de apoio da família e da sociedade, o sistema em sí não contribui muito.
Uma palavra ou frase que defina o que o senhor pensa da escola.

Sâmyk: COMPROMISSO, ser compromissado.

Ao Professor Sâmyk, que me concedeu esta entrevista, à direção da Escola, aos professores e funcionários e, claro, aos alunos e alunas, indígenas ou não, nosso muito obrigado pelo acolhimento. Que sejam conservados assim e sempre buscando superar o preconceito em relação aos povos indígenas.

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