Os impactos das ações de Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação florestal (REDD+) sobre a biodiversidade e o carbono podem variar em diferentes tipos de florestas e condições socioambientais, constatou uma nova pesquisa elaborada pelo Painel Global de Especialistas sobre Florestas da União Internacional de Organizações de Pesquisa sobre Florestas.
Com a contribuição de mais de 50 cientistas, esta avaliação é a primeira análise abrangente da relação entre biodiversidade, manejo florestal e REDD+, argumenta o painel.
Os dados preliminares do estudo foram apresentados nesta terça-feira (16) na 11ª Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP 11), em Hyderabad, Índia. As informações finais serão publicadas no encontro internacional sobre mudanças climáticas em Doha, Catar, em novembro.
A pesquisa mostra que a biodiversidade é determinante para que a floresta possa fornecer serviços ecossistêmicos e para se manter resiliente a fenômenos como as mudanças climáticas. E para que o REDD+ seja mais eficaz, as comunidades locais precisam estar engajadas e os direitos de posse e propriedade precisam ser claros.
Segundo o estudo, para maximizar os efeitos do REDD+, as ações devem prever a proteção de áreas, melhorar práticas de agricultura sustentável, reduzir os impactos do uso extrativo das florestas e usar madeira que não seja de florestas protegidas.
Entre as ações que têm “os benefícios maiores e mais imediatos” estão a redução do desmatamento e da degradação florestal.
Os autores declararam que entender os impactos na biodiversidade e no carbono é essencial para aplicar as salvaguardas e elaborar ações de REDD+ mais efetivas. Eles também concluíram que os planejadores dos projetos de REDD+ devem seguir uma política de integrar as metas sociais com os objetivos econômicos e ambientais.
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