Response to Sr. Beto Borges, Forest Trends:
1) As a stakeholder in the business involving REDD in the
Brazilian Amazon, via Forest Trends, Mr. Beto Borges speaks for organizations
"that have been working on behalf of indigenous communities," as he
states in his note. It is presumed that he has been authorized to do so.
Nevertheless, his status as a representative of those who "speak on behalf
of other intermediaries" does not grant him the right to determine the
legitimacy of voices that dissent against the interests he represents. This is
what he does when he "suggests" consulting with "those who speak
on behalf of" and not those who speak from the communities and indigenous
peoples affected by the financialization and commodification of the commons, as
is the case of Ninawa.
2) The representative of Forest Trends and those who
"speak on behalf of other intermediaries" recognize that there has
been deadlock in the demarcation of indigenous lands in Acre, but say that this
fact has no relation with REDD, and conclude that "In fact, there is no
REDD in Acre yet." It is worth noting, first, that he does not present
arguments supporting the assertion that there is no relation between the
stoppage of demarcation of indigenous lands and REDD, and secondly, the questionable
assertion that "there is no REDD in Acre yet." In fact, all of the legal
procedures towards the institutionalization of REDD are being taken, such as the
approval of the SISA Law, the creation of the Office of Climate Change for
managing REDD in Acre, and the agreement between the governments of California,
Chiapas and Acre, among others.
3) The representative of Forest Trends and those who
"speak on behalf of other intermediaries", "forgot" to
mention that, in those 7.8 million hectares of "protected areas",
accelerated logging plans are in progress via "sustainable forest
management plans-PMFS". (Logging in Acre jumped from 300,000 cubic meters
in 1998 to 1 million cubic meters in 2011, 90% of it extracted in areas with
PMFS). Moreover, in the National Park of Serra do Divisor the process of oil
exploration has already been initiated and will produce enormous destruction.
4) The representative of Forest Trends and those who
"speak on behalf of other intermediaries", mention the existence of
"other powers" interested in the stoppage of demarcation of
indigenous lands, but without further explanation. We assume that it is not
through ignorance, as he says he has "worked with indigenous communities
in the Amazon Brazil in the last 25 years and is very involved in local
community organizations in Acre and other parts of the Amazon." If it is
not through ignorance, there must be another reason. In the case of Acre, for
example, among those "other interests", we could name agribusiness of
extensive cattle ranching or logging and timber exploration. As shown in the
"Dossier Acre"
(http://port.pravda.ru/news/ science/04-10-2012/33777-acre_ mercados-0/) 6.5
million hectares of land in Acre are concentrated in the hands of 580 large
landowners, and a substantial part of these support and have their interests
represented by the government of Acre. For this reason, Sr. Borges’ choice to
omit mentioning them becomes more comprehensible. Moreover, these
"landlords" in Acre also participate in initiatives aimed at the
deregulation of the Forest Code in Brazil, and they incorporate "offset
mechanisms" in their efforts to continue destroying the natural commons. This
reveals one more contradiction that the representative of Forest Trends and
those who "speak on behalf of other intermediaries," must face: how
to call up a "battle" against their own allies in Acre?
Elder de Paula Andrade - Associate Professor at the Federal
University of Acre
Lindomar Padilha - Coordinator CIMI-Western Amazon
Michael F. Schmidlehner - Jornalista independente
Rio Branco, Acre November 2, 2012
RESPOSTA AO SR BETO BORGES DA FOREST TRENDS
Como parte interessada nos negócios envolvendo REDD na Amazônia
brasileira, via Forest Trends, o sr Beto Borges fala em nome
das organizações “que vêm trabalhando em nome das comunidades indígenas”, como afirmou em sua nota. È
presumível que tenha sido autorizado para isso. Todavia sua condição de
representante dos que “falam em nome de outros intermediários” não o credencia
para decidir a respeito da legitimidade de vozes dissonantes
dos interesses por ele representados. È isso que faz quando “sugere” a consulta
aos “qu e falam em nome de” e não aos que falam desde as comunidades e povos
indígenas afetadas pela mercantilização e finaanceirização dos bens comuns,
como é o caso de Ninawá.
2) O representante da
Forest Trends e dos que “falam em nome de outros intermediários” reconhece
que houve paralização na demarcação de terras indígenas no Acre, todavia diz
que não há rela ção desse fato com REDD e conclui que “Na verdade, não há REDD
no Acre ainda”. Cabe destacar, em primeiro lugar, que ele não
apresenta argumentos que fundamentem que não há relação da
paralisação de demarcação de terras indígenas com REDD e em segundo lugar mente
ao afirmar que “não há REDD no Acre ainda”. Todos os procedimentos
jurídicos legais voltados para tal institucionalização estão sendo tomados,
como aprovação da Lei SISA, criação do Instituto de Mudanças Climáticas para
gerenciar o REDD no Acre, acordo firmado entre governos da California, Chiapas
e Acre, entre outros.
3) O representante da Forest
Trends e dos que “falam em nome de outros
intermediários”, ”esqueceu” de mencionar que naqueles 7,8 milhões de
hectares de “áreas protegidas” estão em andamento processo
acelerado de exploração florestal madeireira via “planos de manejo
florestal sustentável-PMFS” ( a extração de madeira no Acre saltou de 300mil m3
em 1998 para 1 milhão de m3 em 2011, 90% dela extraída em áreas com PMFS).
Ademais, no Parque Nacional da Serra do Divisor já está sendo iniciado o
processo de exploração de petróleo que produzirá enorme destruição.
4) O representante da
Forest Trends e dos que “falam em nome de outros
intermediários”, mencionou a existência de “outros poderes”
interessados na n ão demarcação de terras indígenas, mas não os explicitou.
Supomos que não seja por desconhecimento, dado que ele afirma que
tem “trabalhado com as comunidades indígenas da Amazônia
brasileira nos últimos 25 anos e estou muito envolvido com organizações comunitárias locais no Acre e em outras partes da Amazônia”. Se não é por desconhecimento deve haver outra razão. No caso do Acre, por exemplo, entre esses “outros interesses” poderíamos nominar o agronegócio da pecuária extensiva de corte e exploração madeireira. Conforme mostrado no “Dossiê Acre” (http://port.pravda.ru/news/
Elder Andrade de Paula – Professor Associado da Universidade
Federal do Acre
Lindomar Padilha – Coordenador CIMI- Amazônia Ocidental
Rio Branco-Acre 2 de novembro de 2012
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