domingo, 4 de novembro de 2012

Justiça nega liberdade a ruralistas acusados de pedofilia no Acre

A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Acre informou que, na segunda-feira, os autos serão encaminhados para vista do Ministério Público Estadual.
Altino Machado
Assuero Veronez, no destaque e Adalho Cordeiro, ao fundo, conversando com dois pecuaristas no Salão Nobre da Assembleia Legislativa/Foto: Odair Leal/Agência ContilNet
Assuero Veronez, no destaque e Adalho Cordeiro, ao fundo, conversando com dois pecuaristas
 no Salão Nobre da Assembleia Legislativa/Foto: Odair Leal/Agência ContilNet
 
A desembargadora Denise Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, que está no plantão neste final de semana, analisou habeas corpus e negou liberdade ao pecuarista Assuero Doca Veronez, 62, presidente da Federação de Agricultura do Acre, preso pela Polícia Federal na sexta-feira, em Rio Branco (AC), acusado de envolvimento com uma rede de pedofilia.

A magistrada também negou liberdade ao pecuarista Adálio Cordeiro Araújo, 79, outro acusado de usar de forma reiterada a rede de aliciadores de menores para exploração sexual. Os mandados de prisão contra os dois pecuaristas foram expedidos pelo juiz Romário Divino Faria, da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Rio Branco.

A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Acre informou que, na segunda-feira, os autos serão encaminhados para vista do Ministério Público Estadual. Quando o processo for devolvido, será redistribuído e o mérito do habeas corpus será julgado nas próximas sessões da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

O advogado Emilson Brasil, que defende os pecuaristas, afirmou ao Blog da Amazônia que "os envolvidos na Operação Delivery não têm nada a ver com pedofilia".

- A mais nova tem 17 anos e, por cima, ainda é casada – disse Brasil.

A assessoria do Tribunal de Justiça do Acre informou que o juiz não vai se pronunciar sobre as prisões dos acusados de envolvimento na exploração sexual de menores. Os nomes dos envolvidos foram revelados pela Operação Delivery, que desarticulou um grupo que agenciava os programas sexuais na capital do Estado.

A Operação Delivery envolveu o Ministério Público do Estado do Acre e a Polícia Civil, além da Polícia Federal no cumprimento dos mandados. Os primeiros mandados de prisões de sete pessoas que agenciavam os encontros foram cumpridos no dia 17 de outubro.

O grupo foi monitorado a partir de escutas telefônicas durante quatro meses. As autoridades constataram uma intricada rede que realizava exploração sexual de mulheres maiores de 18 anos, sendo que a idade de algumas meninas variava de 14 a 17 anos.

Fonte: Blog da Amazônia

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