Políticos e empresários do Acre tem afirmado que a interoceânica (chamada erroneamente de transoceânica) será o passaporte para o futuro do Estado. As fotos aqui postadas são uma amostra do quão caro ficará este passaporte, principalmente para os empobrecidos. A primeira é de garimpeiros que não tendo outra forma de ganhar a vida, aventuram pelas matas e rios motivados pelo "progresso". A segunda mostra o estado de desertifivcação, morte total dos bens naturais. A terceira é a vila de Guacamayo com suas moradias indígnas e seus inúmeros problemas sociais, de saúde... Todas do lado peruano.
No momento em que a campanha da fraternidade reflete sobre a vida no planeta, precisamos ter coragem de levantar a nossa voz contra projetos que não visam outra coisa senão o lucro. Não podemos deixar que discursos de "desenvolvimento e progresso" continuem destruindo o nosso planeta, que afinal de contas, não pertence apenas aos ricos e poderosos, mas é nossa morada comum. Aqui se fala muito de integração entre os povos. Balela! a única coisa que a interoceânica possibilita é a integração comercial, meio de se adquirir lucros e dividendos.
A interoceânica, assim como outras obras desenvolvimentistas, está matando povos inteiros. Povos indígenas que ainda vivem em situação de isolamento em relação à nossa sociedade. Por isso, precisamos responsabilizar os políticos que apoiam estes projetos. Tenhamos a coragem de chamá-los de assassinos etnocidas. Não haverá futuro se continuarmos nesta rota de colisão. Precisamos dizer e ter a clareza de que devemos fazer a nossa parte mas devemos sobretudo denunciar as grandes corporações e os políticos com seus projetos desenvolvimentistas. Enquanto ensinamos as nossas criaças a não jogarem papel de bala no chão, esses projetos continuam destruíndo aquilo que nos foi dado como meio de sobrevivência e para que tivéssemos a vida em abundância. Morte ao desenvolvimentismo a qualquer custo! Vida para todos e para sempre!
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