Desde ontem a coordenação regional da Funai em Rio Branco está interinamente ocupada pelo senhor Juan Scalia, substituto imediato da coordenadora Sra. Maria Evanizia, destituída do cargo pelos indígenas que há sete (07) dias ocupam a sede do órgão onde reivindicam principalmente a demarcação de 21 terras indígenas. Além disso reclamam do abandono nas áreas de educação e saúde.
Até o momento as negociações não avançaram quase nada. O principal entrave é que a Funai se recusa a fornecer a documentação dos processos de demarcação em curso. Segundo Juan, a coordenação precisaria de pelo menos até julho para apresentar a documentação, já que não está em órdem. Diante desta afirmação os indígenas questionaram sobre o que a Funai esteve fazendo durante os úlrimos douze anos, já que todos os processos de demarcação estão paralisados desde então.
A presidência do órgão, em brasília, primeira mente disse que não poderia vir ao Acre por falta de previsão orçamentária. A isso os indígenas disseram que pagariam as passagens. Diante desta generosa oferta dos indígenas, o discurso mudou e passou a ser "por motivos de agenda". Acontece que anteriormente, em nota, a a Funai havia dito que a questão do Acre era prioridade. A isso os indígenas responderam: "se é prioridade, porque não está na agenda?"
Ontem durante todo o dia, pessoas estranha estiveram no acampamento tentando desmobilizar e dividir. Também a imprensa tem sido utilizada para desqualificar o movimento. Ontem, em um programa de entrevista, o assessor para assuntos indígenas do Governo do Estado pautou toda a sua fala no sentido de denegrir as lideranças do movimento e enaltecer os "grandes feitos" do governo do Acre.
Mas o acampamento segue firme.
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