quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Missão brasileira no Haiti já custou R$ 1 bilhão ao governo

O Brasil passou a ter presença marcante no Haiti desde que foi escolhido para comandar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), a partir de sua criação, em abril de 2004, pelo Conselho de Segurança da ONU. O objetivo foi o de instaurar a ordem e a paz no país, após um período de convulsão política, provocado pela queda do presidente Jean-Bertrand Aristide. Entre 2004 e 2011, o governo gastou cerca de R$ 1 bilhão com essa missão. A presença da Minustah seguirá até outubro deste ano.

O governo brasileiro enviou cerca de 15 mil militares das três Forças ao longo destes anos e o contingente presente hoje naquele país é de 2.200 homens. É o maior efetivo entre os países que participam da missão. Quando assumiu o Ministério da Defesa, ano passado, o embaixador Celso Amorim defendeu a retirada das tropas do Haiti. O assunto foi discutido logo na primeira reunião entre Amorim e os comandantes das Forças Armadas. O ministro foi um dos principais articuladores da participação do Brasil na missão de paz no Haiti, ainda no início do governo Lula.

- É preciso pensar numa estratégia de saída - disse Amorim a militares, na ocasião.

Ficou decidido que a redução das tropas brasileiras se dará gradualmente. Em março, 288 militares voltarão ao país. O contingente brasileiro na missão está dividido em dois batalhões de Infantaria de Forças de Paz (Brabatt 1 e 2), uma Companhia de Engenharia de Força de Paz (Braeng-Coy) e um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (Bramarcoy). Foram enviados 15 contingentes e o 16º terá um efetivo de cerca de 1.900 militares.

Entre as tarefas desempenhadas pela tropa brasileira estão: prover segurança de pontos sensíveis, incluindo os seus arredores; garantir segurança ao longo das rodovias; deter grupos armados; proteger o acesso à infraestrutura humanitária; realizar operações militares em apoio ao desarmamento; abastecimento de água e garantir suprimento de energia elétrica.

O Conselho de Segurança da ONU determinou em outubro a redução da força de paz no Haiti, com a retirada de 2.750 militares. A intenção era que a missão voltasse a ter tamanho similar ao de antes do terremoto de janeiro de 2010, com 10.600 integrantes, mas 400 homens a mais devem permanecer no país. De acordo com o Comando do Exército brasileiro, o corte atingirá 11% do efetivo do país no Haiti.

A redução das tropas se tornou possível, segundo a ONU, devido a melhorias na situação política após a posse do novo presidente do Haiti, Michel Martelly, em abril do ano passado. Integrantes do novo governo já se mostraram contrários à permanência prolongada da Minustah.

Fonte: O Globo

Meu comentário: É evidente que os representantes do novo governo queiram a retirada das tropas ( Minustah). A ONU, especialmente o Brasil, ocupou o Haiti com objetivos claros que não tinham nada com o terremoto que só ocorreu a dois anos. Os interesses sempre foram, ao menos os do Brasil, participar de ações militares para conseguir uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. É lamentável que o Brasil tenha se prestado a isso! Quem não se lembra da arrogância do então presidente lula ao falar de um certo Brasil grande?

Ele, o Lula, seria o "mascate" que venderia o Brasil ao mundo! e vendeu mesmo. Saiu se dizendo orgulhoso de, mesmo entrando para a história como o governo mais corrupto com casos como o mesalão, pudemos "emprestar" dinheiro ao FMI. Fez mais: Passou por cima de milhares de nordestinos famigerados com a transposição do São Francisco e "rezou" para que Dom Luiz Cappio morresse de fome, a exemplo daqueles que defendia.

Diante disso, o que é um haitiano? o que é um indígena? o que é um ser humano? nada além de cifras e notas verdes de dólares, porém, manchadas de vermelho pelo sangue de empobrecidos e humilhados. 

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